APANHADOS DA REDE

Especial

Euforia e clima intimista marca a volta de uma das maiores bandas dos anos 90!!! O visual setentista, os amplificadores valvulados, as jam sessions e dezenas de hits. Sim, os Black Crowes voltaram com todo vapor e trazendo junto o seu slogan de “mais roqueira das bandas de rock do mundo”. Após um hiato de pouco mais de três anos, a banda dos irmãos Robinson, que havia parado para que cada integrante fizesse projetos paralelos, como a excelente banda Hookah Brown, liderada pelo guitarrista Rich Robinson, retornou aos palcos num clima eufórico e intimista. O primeiro show foi dia 14/03/05, no pequeno bar “Staircase”, na cidade de Pittson- PA. O curioso é que nesses shows em bares, os Black Crowes estavam com outro nome. Mr.Crowe’s Garden, que era o nome da banda antes do estrelato, foi o codinome do grupo para despistar a grande imprensa. Sendo assim, somente os verdadeiros fãs atentos iriam aos concertos. Esses shows, que também serviram para aquecer as turbinas da banda, duraram uma semana.

O tão aguardado show oficial de retorno dos Black Crowes se deu no dia 22/03/05, na cidade de Nova Yorque, no Hammerstein Ballroom. Numa noite de ingressos esgotados, os Black Crowes mostraram o que sabem fazer de melhor, o mais puro e genuíno rock n’ roll sulista. O público foi ao delírio com grandes hit’s como Sting Me, Twice as Hard e Hard to Handle, de Otis Redding. O show teve até direito a bis de Bob Marley, na canção Time Will Tell, que o grupo havia gravado no clássico álbum de 1992, Southern Harmony & Musical Companion. Após várias mudanças de integrantes, a banda voltou com sua melhor formação segundo os fãs. Com exceção do baterista Steve Gorman, que anda parado com a música, os Black Crowes voltaram com Chris Robinson (vocal), Rich Robinson (guitarra e voz), Sven Pipien (baixo), Ed Harsch (teclado), Bill Dobrow (bateria), além do grande guitarrista Marc Ford, que após a saída dos Crowes em 1997, andou tocando com Gov’t Mule e Ben Harper.

Nova York ainda foi palco de mais seis concertos dos Crowes, nos dias 23, 25, 26, 27, 28 e 29 de março. O bacana foi que o repertório mudava a cada show, portanto quem assistia num dia, já queria ver o show do dia seguinte. Dentro desses repertórios itinerantes estavam as conhecidíssimas Remedy e She Talks to Angels, além de covers dos Rolling Stones, como Happy, que encerrou a apresentação do dia 29. Para o brasileiro Ânderson Oliveira, que hoje trabalha de webmaster oficial da banda, e foi até Nova Yorque especialmente para assistir os shows, foi uma experiência sublime ver os “corvos negros” juntos no palco novamente. “Não sei explicar, só sei dizer que esses têm sido os dias mais felizes da minha vida”, salienta o eufórico Ânderson.

Após os shows de Nova Yorque, os Black Crowes voaram para Los Angeles, onde estão ensaiando 8 horas por dia antes de começar a excursionar pela América junto com Tom Petty and Heartbreakers. O que resta para nós brasileiros é torcer para que os Crowes pousem em território brasileiro em breve e façam shows aqui, como em 1995.

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